Pegasus invade telefones celulares por meio de um link e grava secretamente e-mails, chamadas e mensagens de texto

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Investigação aponta número de telefone de jornalistas e ativistas; grupo responsável pelo spyware chama a acusação de “exagerada e sem base”

Investigação realizada pelo The Washington Post e parceiros identificou que 37 smartphones pertencentes a jornalistas, ativistas e executivos de negócios em todo o mundo foram alvo direto – ou de tentativa – de hackers através do spyware Pegasus, da empresa israelense NSO Group. Uma lista de mais de 50 mil números então entre os possíveis alvos de invasão e vigilância por governos.

Segundo informações da Bloomberg, a investigação descobriu que o spyware foi usado para atingir os smartphones de Jamal Khashoggi, colunista saudita assassinado, de sua esposa e de sua noiva.

Os números de telefone dos três e de outros jornalistas estrangeiros de organizações de notícias, incluindo CNNAssociated Press, Voice of America, New York Times, Wall Street Journal, Bloomberg News, Le Monde (França), Financial Times e Al Jazeera (Catar), apareceram em uma lista de mais de 50 mil números, que o consórcio à frente da investigação diz ser uma lista de possíveis alvos de vigilância por governos com o uso do spyware Pegasus.

Vendido para determinados governos e agências de aplicação da lei, o Pegasus pode invadir telefones celulares por meio de um link e gravar secretamente e-mails, chamadas e mensagens de texto. Em alguns casos, ele pode se ativar sem que a vítima clique no link.

Não se sabe quantos telefones da lista foram alvos ou, de fato, monitorados, disse o The Washington Post. “O tipo de vigilância relatada é uma violação terrível da liberdade de imprensa e nós a condenamos veementemente”, disse um porta-voz da Bloomberg News.

O consórcio de mídia, liderado pela organização sem fins lucrativos Forbidden Stories, com sede em Paris, disse que estava revelando evidências extraídas dos telefones por meio de análises forenses digitais feitas pelo laboratório de segurança da Anistia Internacional.

Os partidos da oposição húngara, diz o site, exigiram um inquérito parlamentar após os críticos de Viktor Orbán, Primeiro-Ministro da Hungria e líder do Fidesz – um partido nacional-conservador de direita -, incluindo um magnata da mídia, um político da oposição, advogados e jornalistas, terem sido alvos do spyware. O governo de Budapeste não confirmou nem negou os relatos, mas disse que qualquer vigilância foi feita legalmente, de acordo com o The Washington Post.

Após a publicação da investigação, a Amazon Web Services disse que fechou “infraestrutura e contas relevantes” relacionadas ao software Pegasus. De acordo com a Anistia Internacional, o Grupo NSO usou principalmente data centers europeus administrados por empresas americanas de hospedagem, incluindo AWS, para operar grande parte da infraestrutura de ataque para seus clientes.

Em resposta ao consórcio, a NSO negou que sua tecnologia tenha sido usada contra Khashoggi e disse que a investigação continha suposições equivocadas e erros factuais.

No mês passado, o Grupo NSO publicou seu primeiro “Relatório de Transparência e Responsabilidade” anual, que dizia que seus produtos eram usados por Estados para impedir grandes ataques terroristas e desmantelar redes de tráfico de drogas.

Com informações de Bloomberg

Fonte: Computerworld

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